domingo, 2 de maio de 2010

História do Origami

No ano 105 A.C. T’Sai Lun, administrador no palácio do imperador chinês, começou a misturar cascas de árvores, panos e redes de pesca para substituir a sofisticada seda que se utilizava para escrever. O império chinês manteve segredo sobre as técnicas de fabricação do papel durante séculos. No século VI, por intermédio de monges budistas chineses, a técnica de fabricar papel chegou ao Japão e um século mais tarde, os árabes obtiveram o segredo desse processo. Na Europa a técnica de fabricação de papel chegou por volta do século XII, e dois séculos mais tarde já se espalhava por todos os reinos cristãos. Nem sempre o papel teve boa qualidade, excepto na China e no Japão, onde desde os primeiros momentos era possível dobrá-lo, no resto do mundo, principalmente na Europa, o papel era grosso e frágil, dificultando as dobras. Só a partir do século XIV se conseguiu fabricar um papel A palavra japonesa Origami é composta por dois caracteres. O primeiro, ori, deriva do desenho de uma mão e significa dobrar. O segundo, kami, deriva do desenho de seda e significa papel. A palavra kami também significa espírito e Deus. A história do Origami pode ser dividida em três grandes períodos. A palavra japonesa Origami é composta por dois caracteres. O primeiro, ori, deriva do desenho de uma mão e significa dobrar. O segundo, kami, deriva do desenho de seda e significa papel. A palavra kami também significa espírito e Deus. A história do Origami pode ser dividida em três grandes períodos. Durante o período Heian (794-1185) o Origami era um divertimento das classes altas, as únicas que podiam comprar papel, que era um artigo de luxo. Alguns modelos em Origami foram introduzidos nas cerimónias religiosas (Shinto). Os casamentos eram celebrados com copos de saquê (vinho tinto) dobrados em papel com borboletas, representando a noiva e o noivo. As borboletas fêmea e macho, simbolizavam a união. Os guerreiros Samurai trocavam, entre si, presentes enfeitados com “noshi”, pedaços de papel dobrados em leque, de várias formas, seguros com faixas de carne seca. Os mestres das cerimónias de chá recebiam diplomas dobrados de forma especial. Depois de os diplomas abertos estes não podiam voltar à sua forma inicial sem se realizarem outras dobras no papel. Hoje em dia ainda se utiliza a expressão “Origami Tsuki” que significa “certificado” ou “garantia”, que funcionam como um selo de qualidade, conferindo autenticidade aos documentos de valor. No Período Muromachi ( 1338 – 1576 ) o papel tornou-se um produto mais acessível e o Origami começou a ser utilizado para distinguir as diversas classes sociais, conforme os adornos que as pessoas usavam. A “democratização” do Origami surge durante o Período Tokugawa (1603-1867). É neste período que surgem os primeiros livros de Origami. O primeiro livro com instruções surgiu em 1797 – Sembazuru Oricata ( como dobrar mil tsurus). Não se dobrou apenas no Japão, os muçulmanos também praticaram esta arte e levaram-na para Espanha. Os muçulmanos proibiam a criação de figuras, pois é contra os princípios do Islão, permitindo apenas o uso das dobras de papel para estudos matemáticos e astronómicos. Os árabes optaram por investigar as diversas formas e propriedades de dobrar um quadrado e explorar diversas formas de cobrir as paredes de Alhambra com “tessellacions”, tendo aplicado também os seus avançados conhecimentos de trigonometria para mapearem as estrelas. Após os árabes terem sido expulsos da Península Ibérica, pela inquisição, os espanhóis desenvolveram esta arte, chamando-a de Papiroflexia. O pai do Origami moderno é o japonês Akira Yoshizawa. É a Yoshizawa que se deve a simbologia actual de instruções de como dobrar os modelos (Sistema Yoshizawa – Randlett, 1956 ). Este sistema é a contribuição mais importante para o Origami desde a invenção do papel, já que permite a difusão internacional das várias criações. Para Yoshizawa o Origami é uma filosofia de vida. Hoje em dia pessoas, de todo o mundo, dedicam-se ao Origami, de várias formas. Tanto no desenvolvimento de figuras cada vez mais complexas, como no estudo matemático das várias dobras. Os japoneses utilizam, atualmente, esta forma de arte no seu Projeto Espacial.

Tia Maurília

História do Tsuru



O Tsuru é o símbolo do Origami japonês e significa boa sorte, felicidade e saúde. Inicialmente o Tsuru tinha apenas uma função decorativa, sendo utilizado, por exemplo, nos quartos das crianças com a função de as distrair. Mais tarde o Tsuru foi associado às orações, sendo oferecido nos templos, juntamente com orações para pedir protecção. Atualmente, nas festas de Ano Novo, casamento, nascimento e outras comemorações festivas, a figura do Tsuru está presente nos enfeites ou nas embalagens de presentes.


Tia Maurília

A história de Sadako


Depois da destruição de Hiroshima em 1945, surgiram muitas doenças entre os sobreviventes. Uma das vítimas, Sadako Sassaki, com dois anos no dia da explosão, começou a sentir os efeitos da Bomba Atómica aos 12 anos, sendo-lhe diagnóstico Leucemia. Quando Sadako estava no hospital, um amigo levou-lhe alguns papéis coloridos e dobrou um pássaro (TSURU). Disse-lhe que esse pássaro é sagrado no Japão, que vive mil anos e tem o poder de conceder desejos. E que se uma pessoa dobrar mil Tsurus e fizer o seu pedido a cada um deles, este será atendido. Sadako começou a dobrar Tsurus e a pedir para se curar, porém a sua doença agravava-se a cada dia. A menina começou, então, a pedir pela Paz Mundial. Sadako dobrou 964 Tsurus até 25 de Outubro de 1955, data em que morreu. Os seus amigos dobraram os restantes Tsurus a tempo do seu funeral. Mas eles queriam mais, desejavam pedir por todas as crianças que estavam a morrer, em consequência da explosão da Bomba Atómica. Os amigos de Sadako formaram um clube e começaram a angariar dinheiro para um monumento. Contribuíram estudantes de mais de 3000 escolas do Japão e de 9 outros países. Em 5 de Maio de 1958 inauguraram o Monumento da Paz das Crianças, no Parque da Paz de Hiroshima. Todos os anos no Dia da Paz, seis de Agosto, são enviados Tsurus de papel, provenientes de todo o mundo, para o Parque. As crianças desejam espalhar pelo mundo a mensagem esculpida na base do monumento de Sadako:

Este é o nosso Grito

Esta é a nossa oração:
Paz no Mundo!


Tia Maurília

Dobraduras para Datas Comemorativas...

Carnaval

Dia Internacional da Mulher


Dia do Circo

Páscoa


Dia do Índio



Mães





São João

Dia do Papai

Dia do Estudante

Folclore


Dia da Criança


Árvore de Natal

Transformando Papel em Arte...

Desde os tempos mais remotos e com a finalidade de representar objetos inanimados ou em movimento, o homem vem desenhando nas superfícies dos mais diferentes materiais. Nesta atividade, tão intimamente ligada ao raciocínio, utilizou, inicialmente, as superfícies daqueles materiais que a natureza oferecia praticamente prontos para seu uso, tais como paredes rochosas, pedras, ossos, folhas de certas plantas, etc. Acompanhando o desenvolvimento da inteligência humana, as representações gráficas foram se tornando cada vez mais complexas, passando desse modo a significar idéias. Este desenvolvimento, ao permitir, também, um crescente domínio das circunstâncias através de utensílios por ele criados, levou o homem a desenvolver suportes mais adequados para as representações gráficas. Com esta finalidade, a história registra o uso de tabletes de barro cozido, tecidos de fibras diversas, papiros, pergaminhos e, finalmente, papel.

Professora Maurília Barbosa

Congresso GEO de Educação 2009


Oficina ministrada pela professora de Artes Visuais Maurília Barbosa e o professor de Teatro Roberto Cruz do Colégio GEO João Pessoa PB, com o objetivo de oferecer para as crianças, material de fácil acesso como o papel na confecção de belas fantasias.

O TNT serviu como base para a confecção dos modelitos. Apenas a palhacinha usa uma roupa com 100% papel.